Eles dizem que não. Mas muita gente grande da mídia mainstream tradicional já anda preocupada com a internet.
Acham que ela pode, digamos, "empobrecer" a indústria da comunicação.
É que por mais que se invente formas de ganhar dinheiro com a internet, a verdade nua e crua da rede é que ela torna acessível a qualquer mortal com um mínimo de conhecimento a possibilidade de produzir conteúdo e disponibizá-lo, se quiser, de graça e sem nenhuma publicidade atrelada.
Não está se falando aqui da qualidade da informação. Sempre haverá gente disposta a pagar por informação de qualidade. E, óbvio, sempre haverá gente para produzir e comercializar tal informação - como ocorre há séculos com a mídia tradicional.
Mas "pedra" que a internet coloca no sapato dos comerciantes mundiais da informação é que agora eles têm "concorrência": milhares de blogueiros, redes sociais, comunidades etc. dispostas a postar informação pelo simples prazer de postar.
Informação que - independente da qualidade - já é e sempre representará uma forte concorrência à indústria cultural.
Um livro "fresquinho" joga algumas luzes sobre essa discussão: Jornalismo Cidadão: informa ou deforma, de Maria das Graças Targino.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Agressão a professor de jornalismo no Amazonas: melhor que "condecorar" é respeitar
Deu no Comunique-se: professor de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas é agredido fisicamente por irmãos do vice-governador do estado.
O professor foi agredido por comentários e declarações que fez na aula.
Isso me lembra os relatos que temos sobre o quanto era difícil ser professor universitário durante a Ditadura Militar. Ou era (per) seguido e sofria terrorismo psicológico. Ou era logo preso, torturado e desaparecia.
No começo deste ano, professores universitários perseguidos naquela época receberam indenizações do governo. Também professores da USP que sofreram o mesmo foram condecorados, homenageados...
Não sei o que o tal professor da Federal do Amazonas falou na aula...
Nem sou advogado dele...
Mas enquanto um professor levar socos e pontapés no Brasil pelo que disse em sala de aula pouco adianta indenizar ou condecorar professores...
A melhor indenização é a liberdade. A melhor condecoração é o respeito pela livre expressão.
Não concorda? Discuta! Sentiu-se ofendido? Acione a Justiça, se for o caso...
Mas é em casos assim que essa ilustração em cima deste post, do site Em dia com a cidadania, vem bem a calhar... Não acham?
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Alunos de Jornalismo preparam manifestão 'pró-diploma' em SP
Há cerca de uma semana, quando falei em classe para cerca de 40 alunos sobre o marco histórico do recente fim de famigerada lei de Imprensa, aproveitei a oportunidade para "pilhá-los" a se manifestar sobre a futura votação do Supremo Tribunal Federal que vai decidir sobre a permanência ou não da exigência de diploma para atuar como jornalista.
Disse a eles que estudantes de jornalismo estavam muito alienados sobre tal tema, que tem tudo a ver com suas futuras carreiras...
Pois não é que o puxão de orelha valeu.
Hoje uma aluna veio me contar que, por causa da minha chamada, eles resolveram se organizar e já estão organizando, junto com o sindicato dos jornalistas do estado de São Paulo, uma manifestão "pró-diploma" na avenida Paulista.
E para reunir muita gente vão usar a internet para promover uma convocação viral".
Postado por
Professores Nivaldo Ferraz, Francisco Bicudo, Alexandre Possendoro e Fábio Silvestre
às
11:13
Nenhum comentário:
Marcadores:
diploma,
estudantes,
jornalismo
Assinar:
Comentários (Atom)